Experiência de Quase Morte é um termo cunhado por Raymond Moody na obra clássica “Vida depois da Vida” de 1975. A palavra “Experiência de Quase-Morte” (EQM) descreve experiências vividas por pessoas declaradas clinicamente mortas ou próximas da morte. Essas experiências trazem em si todas as sensações e percepções de quem teria deixado o corpo físico, vislumbrado o pós-morte e retornado em seguida. Em outras palavras, as EQMs ocorrem quando uma pessoa está em processo de morte, ou mesmo quando a pessoa é considerada clinicamente morta. A definição de experiência de quase morte ainda é muito controversa, mas costuma-se considerar uma pessoa clinicamente morta quando ela não mais apresenta batimentos cardíacos e nem respiração. Para muitos pesquisadores, as EQMs trazem provas definitivas da hipótese da sobrevivência da consciência humana após a morte do corpo físico.
Alguns pesquisadores depois de Moody coletaram relatos de experiências. Raymond Moody, apesar de ser mais conhecido pelo estudo das Experiências de Quase-Morte, também pesquisou profundamente a Terapia de Vidas Passadas e conta seus estudos no livro “Investigando Vidas Passadas”.
Conforme os estudos foram prosseguindo, um padrão de acontecimentos do pós-morte muito significativo foi sendo revelado. O padrão dos relatos não significa uma equivalência entre todos os aspectos da experiência, ou seja, não significa que todas as pessoas contem a mesma coisa após a morte clínica. O reconhecimento desse padrão significa que existem grandes semelhanças entre os relatos. Quando um padrão da experiência começa a aparecer em indivíduos de diferentes países, culturas e geografias; pessoas que nunca se conhecem contam fatos muito parecidos com milhares de outras pessoas no mundo, consideramos que há algo de real e verídico neste relato. As pesquisas sobre EQM são muito importantes na Terapia de Vidas Passadas.
Outra pesquisadora que investigou as EQMs a fundo foi a psiquiatra Elisabeth Kubler-Ross. Apesar de suas pesquisas a terem desacreditado perante o ceticismo da classe médica, Kubler Ross não se intimidou e manteve as investigações sobre os relatos de EQM.
Outro pesquisador famoso é o doutor Kenneth Ring, professor emérito de psicologia da Universidade de Connecticut. Segundo Ring, em pesquisa realizada em 1981, 23 milhões de americanos tiveram experiências próximas da morte, o que nos oferece um vasto campo de pesquisa. “De três pessoas, uma teve uma experiência transcendental” afirma Ring numa entrevista ao jornal The New York Times. Ring ainda menciona que, em sua vasta pesquisa, tanto religiosos como ateus não sofrem variações significativas em seus relatos quando têm uma experiência de quase morte. “Ateus tinham a mesma probabilidade de ter uma experiência de quase-morte que as pessoas religiosas” afirma Ring. Isso significa que as crenças pessoais influenciam muito pouco na experiência.
A EQM e a Terapia de Vidas Passadas caminham juntas, pois ambas possuem muitos aspectos comuns nas experiências pesquisadas. Uma diferença significativa a favor da TVP é que esta abordagem é passível de ser reproduzida, enquanto que a EQM só ocorre de forma espontânea, após um acidente ou qualquer outra circunstância capaz de provocar a morte física. As EQMs possuem estreitas correspondências com as pesquisas realizadas pelos terapeutas de vidas passadas sobre o pós-morte. O padrão encontrado nas EQMs é similar em muitos pontos ao padrão das pesquisas com TVP.
As pesquisas mundiais sobre as EQMs geralmente trazem elementos comuns que podem ser encontrados em relatos do mundo inteiro. Há pelo menos mais de dez elementos que são considerados um padrão comum a maior parte dos relatos, são eles:
Experiência Fora do Corpo: Pessoas declaradas clinicamente mortas ou próximas da morte declaram perceber a si mesmas flutuando acima do corpo físico. Isso pode gerar certa confusão e medo a algumas pessoas, sem entender o que acontece. Podem tentar se comunicar com médicos ou pessoas próximas sem sucesso. Passado algum tempo, elas de súbito compreendem a condição que se encontram, sentindo paz e serenidade. Há também um repentino sentimento de derrubada de máscaras e papéis humanos. As pessoas estabelecem maior contato com o que são em essência. Uma sensação de inefabilidade (experiência que não pode ser traduzida em palavras) também é relatada por muitos indivíduos.
Consciência ampliada: Após a saída do corpo, a dor desaparece por completo e sobrevém um grande alívio. Os sentidos podem ficar entorpecidos, desaparecendo qualquer sensorialidade. No entanto, a consciência parece se expandir muito além daquilo que as pessoas estavam acostumadas durante toda a sua existência na Terra. Pode advir um sentimento de clareza total, de visão além de qualquer limite, de plenitude, de inteireza. Surge também uma percepção de um propósito em tudo, de que existe um significado em cada coisa experimentada e, além disso, uma sensação de que tudo é muito real, mais real até do que a experiência vivida na matéria física. Na pesquisa conduzida por Paul Perry em mais de 600 indivíduos, mais de 74% deles afirmaram que estiverem mais conscientes do que o normal (Long & Perry, 2010). Raymond Moody descreve uma intensa mudança de perspectiva sobre tudo. A pessoa redescobre a si mesma após passada a carga de tensão do processo de morte. Elas se percebem num corpo mais etéreo, porém ainda com uma forma levemente definida. “Alguns descrevem como uma nuvem colorida, outros como um campo de energia” (Moody, 1985). Há relatos de pessoas que flutuaram além da Terra, atravessaram galáxias e tiveram experiências cósmicas. Tempo e espaço se relativizam dentro das EQMs.
Sentimentos intensos e vívidos de paz e alegria: Muitas pessoas relatam sentimentos de paz e plenitude. Muitos afirmam que “voltaram para casa” e sentem fortes emoções. Porém, não são emoções como as humanas, são emoções mais leves e livres. As pessoas sentem que se desprenderam dos grilhões da vida física e se encontram agora numa espécie de limbo, de cosmos onde não há as restrições tipicamente humanas. Na pesquisa de Paul Perry, mais de 50% dos sujeitos respondeu que sentiu uma “alegria incrível” durante a experiência.
Experiência do Túnel: Nesse momento, as pessoas descrevem estar percorrendo uma certa escuridão, algo semelhante a um túnel. Algumas dizem que são literalmente puxadas por alguma espécie de influxo sutil e sentem estar atravessando uma região sombria, como um túnel, com uma luz brilhante no final. O túnel, porém, não parece ser universal, pois algumas pessoas relatam também uma escadaria que ascende ao céu, às vezes em forma de espiral. Yogananda, no livro “Karma e Reencarnação” também menciona a experiência do túnel, muitos anos antes do início das pesquisas com EQM. Outras pessoas falam de um portal de luz, a qual percebem tratar-se de uma passagem de um plano de realidade a outro. Porém, o túnel parece ser o relato mais comum a maioria dos casos. De qualquer maneira, fica evidente que a forma não é relevante, mas o símbolo de algo que nos permite uma “subida de nível”. “A pessoa está atravessando uma passagem a direção de uma luz intensa” (Moody). Como diz uma pessoa pesquisada por Perry: Minha percepção seguinte foi a de ser mergulhado e acalentado num movimento morno, ondulante e flutuando na abertura de um túnel. O túnel tinha laterais suaves e esvoaçantes e era bem iluminado, com as dimensões do túnel diminuindo e o brilho aumentando enquanto se aproximava de uma única luz brilhante. Viajamos muito rapidamente até o túnel. O túnel era de várias cores diferentes: azul, amarelo, branco, verde e vermelho.
Encontro com entes queridos: É comum o relato de pessoas que encontraram parentes já falecidos. Muitos também citam o encontro com pessoas desconhecidas, junto com a sensação de que a conhecem de outros lugares. Os parentes podem vir saudar o recém falecido, incentiva-lo ou mesmo dizer que ainda não é o momento dele deixar o corpo físico. “Muitas vezes, dizem que essas pessoas também estão em corpos tão indescritíveis como os seus próprios”, afirma Moody. Quando Allan Kardec questiona os espíritos sobre se a alma, após a morte, encontra desencarnados que conheceu durante a vida, a resposta é a seguinte: “Sim, de acordo com a afeição que havia entre eles, muitas vezes vêm recebê-lo na volta ao mundo dos espíritos e o ajudam a se desprender das faixas da matéria. Assim como reencontra também muitos que havia perdido de vista durante sua permanência na Terra. Vê os que estão na erraticidade, como também vai visitar os que estão encarnados”.
Seres de Luz: Atravessando o túnel, a pessoa geralmente percebe seres de luz, mas não se trata de uma luz comum, mas uma luz que tudo penetra transmitindo paz e amor. Essa luz é relatada como sendo a luz mais brilhante que já viram na Terra, porém, ela não é ofuscante; ela é “luz quente,vibrante e viva” (Moody). Além dos seres de luz, as pessoas têm contato com parentes e amigos já falecidos, que o recebem.
Outras contam a visão de diversas paisagens e cidades composta de luz e energia. Talvez estas referências sejam uma visão das famosas colônias espirituais, tal como descritas na obra do médium mineiro Francisco Cândido Xavier, em especial na famosa obra “Nosso Lar”, psicografada pelo espírito André Luiz. A comunicação ocorre sempre pela via telepática, que parece ser a linguagem universal usada nos planos sutis.
A esse respeito, Emmanuel Swedeborg diz que “Enquanto os espíritos conversam uns com os outros mediante uma língua universal, todo homem, imediatamente após a morte, depara com essa língua universal, que é própria do seu espírito”. Será essa língua mencionada por Paulo de Tarso como “a língua dos anjos”?
O Ser de Luz: Além dos seres de luz, a pessoa mantém contato com um Ser de uma Luz infinita, que parece ser o regente de toda a situação. Frequentemente algumas pessoas o descrevem como sendo Deus; os cristãos dirão que é Jesus; os budistas poderão dizer que é Buddha, os muçulmanos que é Maomé, e assim por diante. Outras, no entanto, não declaram ser nem Jesus, nem Buddha, nem ninguém conhecido, mas tão somente um ser iluminado que irradia profunda paz e compreensão. O ser de luz pode informar a pessoa sobre a necessidade do retorno à Terra, a fim de terminar sua missão ou roteiro kármico. Alguns relatos afirmam que a própria pessoa pode, se quiser, optar em retornar ao seu corpo ou mesmo pode decidir dar por cumprida a sua missão. Nesse sentido, parece que, ao menos para algumas pessoas, existe uma escolha de continuar na Terra e ausentar-se dela.
Recapitulação ou Revisão da Vida: Como já dissemos anteriormente: trata-se de uma revisão completa, panorâmica e vívida de todos os atos da pessoa. As barreiras do espaço-tempo são quebradas e a pessoa mergulha num fluxo de consciência atemporal de retrocognição, ou visão do passado. A pessoa sente suas ações e o resultado que elas acarretam aos outros.
Se fiz o bem, sinto o bem; se fiz o mal, sinto todo o mal que pratiquei. Compartilhamos do céu ou do inferno que criamos para as pessoas, os animais e o mundo. Nesse momento, a pessoa constata que as separações entre os seres são ilusórias e que todos fazemos parte de uma mesma teia ou rede infinita de consciência e realidade. Após o retorno ao corpo físico, o amor e o conhecimento passam a ser muito valorizados e tidos como essenciais.
Relutância em retornar: Parece que a EQM é uma experiência tão agradável, que a maioria dos pacientes sente certa tristeza em retornar, preferindo permanecer naquele estado de plenitude, provavelmente transmitido pela presença do ser de luz ou da Luz Clara no fim do túnel. Alguns chegam mesmo a sentir nostalgia da experiência, desejando repeti-la. Ao contrário do que se poderia pensar, isso não gera uma falta de vontade de viver e tampouco o desejo de abreviar a própria vida. A experiência acaba se tornando como um farol que guia os seus passos e orienta seu caminho.
Quanto às consequências de uma experiência de quase-morte, a maioria das pessoas relata sentir transformações intensas em suas vidas. Essas transformações são muito semelhantes entre diferentes pessoas que atravessaram os portais da morte.
Apesar de serem fortes, essas mudanças não são determinadas por uma crise, mas ocorrem naturalmente, como um espontâneo efeito de uma nova maneira de encarar de vida. Moody relatou algumas dessas mudanças:
- Perda do medo da morte: Quase a totalidade das pessoas que passam por uma EQM passam a encarar a morte de outra maneira. Elas perdem aquele medo que a maioria possui, como uma extinção da individualidade.
- O amor passa a ser reconhecido como a coisa mais importante da vida: O amor vem da sensação de que todos nós, inevitavelmente, estamos conectados uns aos outros. Eles sentem que o amor é o laço que une nosso ser a todo o universo físico e invisível. O amor passa então a ser considerado o sentimento nobre mais importante da vida. Não há um caminho para o amor; o amor passa a ser o próprio caminho.
- A sensação de união com todas as coisas: É algo que a maioria não consegue definir e nem se preocupa muito com isso, mas as pessoas passam a sentir ou reconhecer uma indissociável ligação entre todas as coisas. As pessoas e as coisas passam a ser tão presentes e vivas, que tudo passa a ser parte de um mesmo elo de realidade.
- A valorização do conhecimento: Muitos passam a estudar mais, adquirir informações sobre várias coisas, pois percebem que o conhecimento é uma das poucas coisas que se leva após a morte. O conhecimento é algo que ninguém pode tirar de nós, acaba fazendo parte do que somos.
- Maior responsabilidade pessoal pela sua vida e seu destino: Principalmente após a revisão da vida, a pessoa sente-se mais responsável pelo que lhe ocorre e passa a se compreender como a única criadora do seu destino.
- Vivenciar as pequenas coisas e dar um novo sentido à vida: Temos a tendência a dar valor a coisas vazias: dinheiro na conta bancária, promoção a novo cargo na empresa, a vitória de um time de futebol, dentre outros. Mas, após a Experiência de Quase Morte, as pessoas redescobrem o sentido da simplicidade da vida. As coisas simples passam a ser aquilo que mais importa, e é o que levamos após a morte.
- Desenvolvimento da espiritualidade: Muitas pessoas passaram a desenvolver um novo sentido de vida, buscando mais valores e princípios além da visão mundana. Muitos começam a estudar a mensagem dos sábios da humanidade e a aderir a correntes de pensamento espiritual. O seu desenvolvimento espiritual passa a ser visto como essência para a nossa vida.
Evidências da Vida Após a Morte nas EQMs
A semelhança dos relatos: Como já dissemos, o padrão encontrados em todos os relatos das EQMs é uma evidência considerável de que há algo de muito verdadeiro nela. Caso se tratasse de simples imaginação, cada pessoa veria a morte como uma projeção de suas crenças religiosas e filosóficas. Ateus e agnósticos também seguem esse mesmo padrão, assim como religiosos de várias denominações diferentes espalhados em todo o mundo. A similaridade dos relatos é um fator que não pode ser desprezado quando se pensa na validade das EQMs e na comprovação da vida após a morte.
Experiências Fora do Corpo: As EFCs são um elemento muito importante, pois trazem um poder comprobatório muito considerável a vida após a morte e também a existência de uma essência espiritual que pode agir independente do corpo físico. Há muitos relatos de EFCs onde uma pessoa inconsciente pôde presenciar acontecimentos que ocorriam na sala onde estavam ou mesmo fora da sala. Por exemplo, um homem é considerado clinicamente morto, não há mais batimentos cardíacos e nem respiração, e ele está totalmente inconsciente. Neste momento, ele percebe que deixa seu corpo físico numa espécie de corpo luminoso. Ele sente-se tranquilo e livre. Ele sobrevoa a sala da UTI e vai até uma outra sala, quando ouve as palavras da enfermeira e logo depois volta ao corpo físico. Quando ele retorna ao corpo, recobra a consciência e conversa com a enfermeira, ele afirma “ouvi você dizer isso e isso”. A enfermeira se surpreende, pois o paciente estava totalmente inconsciente e não havia qualquer modo dele ter escutado o que foi dito por ela. Muitos casos parecidos com esse foram publicados pelos pesquisadores da área. Por exemplo, nos estudos que fez com EQM, Paul Perry reuniu dez relatos de EQMs onde havia ocorrido uma expansão da consciência para além dos limites do corpo físico e a pessoa pôde ver e ouvir pessoas que estavam em outra parte do hospital. Neste dez casos, todos obtiveram comprovação de que a EFC foi real e não havia como a pessoa saber daquela informação por outras fontes. Pessoas que se encontram anestesiadas e sem nenhuma consciência do que ocorre poderiam estar plenamente lúcidas e até mesmo enxergando o que ocorre fora da sala onde se encontram? Pode-se considerar uma pessoa que está declarada clinicamente morta e inconsciente quando ela relata ter vivido uma experiência consciente, organizada e clara?
Visão dos Cegos: Esse fato pode causar surpresa e admiração em muitos. No entanto, não é impossível imaginar que, se uma pessoa vai além do seu corpo físico numa EQM mesmo sendo cega de nascença, que ela possa enxergar o que ocorre em seu entorno e além. Pessoas que ficaram cegas durante sua vida ou mesmo que nasceram cegas podem ter experiências visuais muito claras na EQM.
Crianças e EQMs: Crianças também podem ter experiências de quase morte e contarem alguns detalhes do que atravessaram. Os relatos das crianças pequenas, algumas com 5 anos ou menos, são muito importantes para a comprovação das EQMs. Isso ocorre por que as crianças ainda não foram afetadas pelas influências culturais de seu meio, e nem confere o mesmo valor de um adulto sobre o que ocorre após a morte. Paul Perry fez uma pesquisa onde verificou que as crianças de 5 anos de idade ou menos apresentavam os mesmos elementos das EQMs de crianças maiores de 5 anos, de adolescentes e também de adultos. Perry analisou 16 participantes com 5 anos ou menos e verificou que, em linhas gerais, os elementos comuns não têm quase nenhuma variação entre uma criança e um adulto, salvo a forma de se expor essa experiência (crianças vão usar termos diferentes dos adultos e usam uma linguagem infantil para exprimir o que viram e sentiram). A Dra. Cherie Sutherland também pesquisou EQMs em crianças, mais do que qualquer outro pesquisador. Ela conta com mais de 30 anos de pesquisas sobre EQMs e EQMs em crianças. A Dra afirma que “a idade não parece afetar de modo algum o conteúdo da EQM”. Paul Perry, com base nos estudos que fez, afirma que “Podemos agora estar mais confiantes do que nunca em concluir que o conteúdo das EQMs em crianças não é afetado por sua tenra idade na época de suas EQMs”. E conclui dizendo que “Isso sugere fortemente que as EQMs não são significativamente afetadas por influências culturais preexistentes, crenças ou experiências de vida. Isso é mais uma evidência sólida de que as EQMs, e sua coerente indicação da vida após a morte, são reais” (Long & Perry, 2010). Vejamos um exemplo de EQM de uma criança de 5 anos de idade: “Eu me senti como um balão de hidrogênio flutuando no ar. Eu estava subindo. Abri os olhos devagar e vi meu corpo caído na rua. Fiquei muito assustado. Eu me senti… paralisado e eu estava subindo, mas eu senti… alguém estava me carregando amorosamente (um amor incondicional). Tentei mover o meu corpo e ergui os olhos para ver quem estava me carregando. O que vi foi a Virgem Maria. Ela usava um vestido azul e rosa, com uma coroa… Eu me senti muito confortável nas mãos dela”.
Retrospecto Perfeito: Como dissemos, nas EQMs há uma revisão ou recapitulação de toda ou quase toda a vida de um indivíduo. Pessoas se recordam de fatos há muito tempo esquecidos, e o fazem com uma percepção intensificada muito além do normal. Eles veem o que fizeram e também sentem as consequências que causaram nas pessoas. Se considerarmos as EQMs imaginação, por que os sujeitos teriam impressões tão claras e nítidas, em estado de total inconsciência e sem batimentos cardíacos e respiração, de todas as fases de sua vida em apenas uns poucos segundos ou minutos? Muitas pessoas afirmam terem visto um filme de sua própria vida, como se elas fossem o personagem principal de sua própria trama. A diferença é que elas veem e participam das cenas, e as sentem de uma forma jamais imaginada antes. Parece que a lei de causa e efeito se expressa de forma bem clara, pois a pessoa experimenta não apenas aquilo que lhe ocorreu ao longo das décadas, mas também o resultado que seus próprios atos geraram em outras pessoas.
Visão de Familiares e conhecidos: Como já vimos, essa é uma característica bastante presente nas EQMs. Após a morte clínica, uma pessoa pode ver, ouvir e sentir a presença de entes queridos e amigos que já passaram pelo limiar da vida e da morte. Os parentes que o sujeito vê e conversa quase sempre estão mortos na época da EQM. Podemos ver nosso pai, filhos, marido, esposa, irmão, irmã, avô, avó, tio, tia, namorado, namorada, amigos, amigas, etc. Qualquer parente ou amigo pode receber a pessoa que passou pela EQM nos planos espirituais. Essa recepção é quase sempre calorosa, acolhedora, com sinais de boas vindas e um espírito fraternal. Alguns sujeitos que vivenciaram a EQM não tinham conhecimento da morte de algum parente que já havia falecido, e mesmo assim ele estava lá, se apresentando a pessoa no momento de sua quase morte. Após investigar, a pessoa pode constatar que, de fato, o parente que a recebeu na EQM estava falecido há meses ou anos. Um estudo conduzido por Emily Willians Kelly descobriu que, das pessoas conhecidas que recebem os sujeitos após a morte, 95% deles são parentes, e 5% são amigos ou conhecidos. Durante esses encontros, alguns sujeitos conversam com seus entes queridos por telepatia, com transmissão direta do pensamento, sem qualquer veiculação de som. Um relato de um garoto que tinha surdez de nascença conseguiu ouvir seus parentes já falecidos: “Pude entender e me comunicar com cerca de 20 ancestrais meus e com outros por métodos telepáticos. Isso me maravilhou. Não pude acreditar na quantidade de pessoas com as quais eu pude me comunicar por telepatia simultaneamente”.
Boa parte dos autores da Terapia de Vidas Passadas afirmam encontrar em suas pesquisas clínicas relatos do pós-morte muito semelhantes às estórias de pacientes declarados clinicamente mortos nas EQMs, como Edith Fiore (1987), Joel Whitton (1986), Raymond Moody (que estudou a Terapia de Vidas Passadas) e outros.
Por meio de pesquisas de campo nessas duas áreas (TVP e EQMs), é maravilhoso verificar como os conhecimentos convergem para os mesmos princípios básicos e como estamos mais próximos da realidade espiritual.
(HUGO LAPA)
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Incrível,essas experiências! Parece que está acontecendo conosco ! Coincidentemente…estou lendo ” Visões do espírito”…Como as pessoas veem a vida e a morte – Melvin Morse, M.D.e Paul Perry…e senti vontade de começar a registrar lembranças ocorridas, com pessoas que conheci…sinto paz !