Um discípulo procura seu mestre para lhe fazer uma indagação muito importante. Aproxima-se do instrutor e pergunta:
– Mestre, o que devo fazer para conhecer melhor a mim mesmo?
O Mestre pediu que o discípulo o acompanhasse até um lago que existia ali próximo. Tratava-se de um lago bastante calmo, sem corredeiras e nenhuma ondulação na superfície.
Assim que chegaram, o mestre pediu que o discípulo olhasse a água do lago. O discípulo fez o que o mestre pediu, aproximou-se das margens e olhou a água. Viu sua própria imagem refletida na superfície da água. Como o lago era bem calmo, pôde enxergar a si mesmo nitidamente.
– Agora, pegue uma pedra e jogue nas margens do lago, disse o mestre.
O discípulo pegou a pedra mais próxima, e atirou nas margens, bem próximo onde ele enxergara seu próprio reflexo.
– Agora observe novamente seu reflexo na água, disse o mestre.
O discípulo olhou e quase não podia mais ver seu próprio reflexo. As ondas formadas pela pedra atirada no lago impediam qualquer visão nítida de sua própria imagem.
– Não consigo mais me ver mestre. O que isso significa?
O mestre respondeu:
– Para que possas conheceres a ti mesmo, deves conservar tua mente tão calma como a água desta lago. Observe que a água agitada e com ondulações permite apenas uma visão distorcida de tua própria imagem. O mesmo ocorre com uma mente agitada, ansiosa, intranquila, dominada pelo medo e pelas paixões. Ninguém pode enxergar a si mesmo numa condição de nervosismo, de inquietação, sem que sua consciência esteja serena como a calmaria das águas deste lago. As ondulações da superfície do lago representam todas as dualidades que a nossa mente se envolve, e estas formam um entrave ao autoconhecimento. É preciso pacificar a mente para que se torne possível a visão das coisas, tal como elas são, e a visão de como nós somos em essência.
(Hugo Lapa)
DÊ UM CURTIR NA MINHA PÁGINA PARA RECEBER AS NOSSAS MENSAGENS
Deixe um comentário