SABEMOS O QUE É BOM E CERTO?
Um adolescente pediu um carro de presente ao seu pai. Sua família era muito pobre, e por isso, o pai não podia dar um carro de presente para o filho.
Como eles sempre foram pobres e o pai sentia-se um pouco culpado por não poder dar algo bom ao filho, decidiu que trabalharia dobrado para poder comprar um carro, na verdade um carrinho simples, mas que faria a alegria do rapaz. Trabalhou durante 5 anos dobrado, fazendo bicos, economizando muito… e de pouquinho em pouquinho, foi conseguindo juntar o valor do carro.
Certo dia, o pai chegou em casa e chamou o filho pra fora. O rapaz saiu de casa e foi para a rua… Para sua imensa alegria, lá estava seu pai e ao lado o tão sonhado carro. O filho abraçou o pai e logo pegou as chaves do veículo, todo contente com a nova aquisição. O pai pensou: “Que bom, ao menos consegui dar algo de bom ao meu filho. Foi duro, mas me esforcei para dar o melhor para ele”.
Duas semanas depois, o pai estava voltando do trabalho quando a viu sua esposa gritando desesperada na rua. Os vizinhos estavam tentando acalma-la. O pai chegou e perguntou o que houve. “Nosso filho morreu!” gritou ela. “Morreu num acidente de carro”.
O pai caiu no chão e ficou atônito e inconsolável. Havia perdido seu único filho. Olhou para o céu e disse: “Meu Deus… jamais desconfiei que o carro que tanto me esforcei para obter seria justamente o caixão do meu filho”.
Essa estória nos instiga a uma importante reflexão. Sabemos mesmo o que é bom para uma pessoa? Sabemos o que é o melhor para o outro? Uma coisa que num determinado momento e num contexto de nossa vida parece boa, ótima, maravilhosa, correta e que traz uma grande satisfação, pode depois se transformar em algo terrível, mau, péssimo, destrutivo e nos fazer infelizes. Esse é o caso do pai que achou que estava dando algo bom para seu filho, mas não desconfiou que estava, na verdade, comprando seu caixão.
Por isso, fica o questionamento: sabemos o que é bom? Sabemos mesmo o que é melhor? O que acreditamos ser o bom, o melhor, o certo, pode na verdade não ser… Desconfie sempre dessas noções de bom e mau, certo e errado, melhor e pior, pois muitas vezes essas concepções são limitadas dentro de nossa visão igualmente limitada e parcial da realidade.
(Hugo Lapa)
Tratamento espiritual de vidas passadas à distância
portaldoespiritualismo@gmail.com
Deixe um comentário